Apedema alerta sobre a retomada do uso do carvão mineral no RS

A Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente / APEDEMA/RS divulga nesta quarta-feira (14/7/2021) o “Alerta Urgente sobre os Danos Socioambientais da Retomada do Uso do Carvão Mineral do RS (2021)“. A APEDEMA é a federação das entidades ambientalistas do Rio Grande do Sul.

O documento lembra que a entidade havia alertado ainda em 2011 sobre os riscos socioambientais da expansão do uso energético do carvão mineral do Estado já então em discussão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. No atual documento, a entidade reitera que temos fontes diversas de energias renováveis, sendo que o aproveitamento do carvão como fonte energética corresponde a uma tecnologia obsoleta, antieconômica, profundamente danosa à saúde humana e ao meio ambiente, além de contribuir significativamente para piorar a crise climática atual.

O documento destaca que o uso do carvão está sendo abandonado no mundo e a exploração de novas jazidas não é compatível com a meta do Acordo de Paris, assinado por 195 países, incluindo o Brasil, de limitar a 2ºC o aumento da temperatura média global.

“A produção de energia à base de carvão, apesar de ainda ser uma das fontes de produção de eletricidade mais utilizadas em todo o mundo, libera a maior concentração de gases e partículas poluentes, além de metais pesados tóxicos”, afirma a Apedema. “Como o saudoso professor e ambientalista Flávio Lewgoy assinalava, a composição química do carvão mineral do Sul do Brasil é considerada uma verdadeira enciclopédia de venenos“.

Além de afetar o clima em geral, há conseqüências diretas ao sistema respiratório dos moradores e moradoras dos arredores das minas e das térmicas a carvão mineral. Destaca, o documento, que entre as substâncias, no processo de exploração surgem “o SO2 – dióxido de enxofre, CO2 – dióxido de carbono, e NOx – óxidos de nitrogênio, os quais resultam em ozônio ao nível da superfície”. “O dióxido de enxofre e o ozônio são gases altamente corrosivos, que causam falência respiratória e contribuem para a baixa de peso dos nascituros e no aumento da mortalidade infantil”.

Veja a íntegra do documento com 8 páginas e formato PDF e extensa lista de fontes técnicas.

Transcrevemos a parte final do documento:

O QUE DEVE SER FEITO?

Como já assinalamos, existem alternativas, mas estas devem ser tratadas também com a sociedade, longe do negacionismo científico da crise climática e de forma democrática. Devemos superar a maneira superficial, tecnocrática e autoritária, levada a cabo por governantes e políticos desavisados ou que respondem a interesses econômicos imediatistas, em especial ao lobby do carvão mineral que é negacionista das mudanças climáticas. Além disso, parte importante de nossa energia é direcionada ao setor das indústrias eletrointensivas, de exportação de alumínio, ferro, cimento e celulose, que disponibilizam nossos recursos naturais para outros países transformarem em manufaturados, gerando mais renda lá fora do que no nosso próprio país.

A atual privatização do Setor Elétrico agrava ainda mais a situação, pois as empresas privadas não visam reduzir consumo de energia, ao contrário. Necessitamos de políticas públicas, sob o controle da sociedade, que reduzam a baixa eficiência e a perda excessiva de um sistema concentrado de produção e transmissão, promovendo-se fontes de energia renováveis e verdadeiramente sustentáveis, como a eólica, a solar, a biomassa (com vegetais em sistemas agroecológicos) e o biogás, a partir de resíduos orgânicos urbanos e rurais

Necessitamos, acima de tudo, de energias que contemplem uma sociedade calcada no princípio da precaução e na inteligência, não o contrário, como vem sendo feito. Os atuais padrões energívoros são profundamente insustentáveis, pois alimentam um modelo de sociedade baseado na produção industrial concentrada e no consumo ilimitado, num planeta com recursos naturais finitos.

As entidades ambientalistas do Rio Grande do Sul, por intermédio da APEDEMA, reiteram, mais uma vez: Não há mais motivos para a utilização do carvão mineral, um dos combustíveis mais sujos do século XIX, e, portanto, seu uso deve ser abandonado, com urgência! Necessitamos de um debate amplo e uma revisão profunda na política energética do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil, vislumbrando o abandono do consumo do Carvão e dos demais combustíveis fósseis. Uma transição necessária para modelos mais sustentáveis, igualitários, com uso descentralizado e democrático de energias renováveis, em especial de fontes eólica, solar e de bioenergia diversa, longe do atual alto impacto ambiental e enorme risco à sociedade e à vida como um todo no Planeta.

Porto Alegre, 14 de julho de 2021.

Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS).

A mortandade das abelhas é o tema do Agapan Debate nesta segunda

Captura de Tela 2019-09-14 às 22.38.21.pngO vertiginoso aumento da mortandade de abelhas nos últimos anos tem preocupado a sociedade e intrigado pesquisadores, cientistas e agricultores. A enigmática previsão atribuída ao renomado cientista Albert Einsten de que a humanidade teria apenas quatro anos de existência na Terra caso as abelhas viessem a desaparecer começa a ter sentido para alguns. Mas o que sabemos sobre isso e, principalmente, por que as abelhas estão morrendo?

É a partir dessa questão que será realizado o Agapan Debate nesta segunda-feira, dia 16/9, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Ufrgs, em Porto Alegre. O objetivo é discutir a respeito do tema e apontar caminhos para que o problema possa ser encarado com a seriedade e a urgência que a questão exige. Para isso, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) convidou os engenheiros agrônomos Sebastião Pinheiro e Nadilson Roberto Ferreira, que debaterão com o público presente sob mediação da conselheira da entidade e farmacêutica Ana Maria Dait Valls Atz.

O Agapan Debate tem entrada gratuita e inicia às 19h. Continuar lendo

Megamineração é o tema do próximo Agapan Debate na terça, 23/7

Captura de Tela 2019-07-19 às 14.48.11“Megamineração – Impactos na Saúde, na Economia e no Meio Ambiente” é o tema do Agapan Debate da próxima terça-feira (23/07), às 19h, no Auditório da Cúpula Central da Engenharia Mecânica da Ufrgs.

Haverá palestra do pneumologista Carlos Nunes Tietboehl Filho, sobre “As doenças respiratórias causadas pela extração e queima do carvão mineral”, e do auditor fiscal da Receita Estadual do RS, João Carlos Loebens, sobre “A mineração que empobrece o Brasil“. A mediação do debate é do jornalista e vice-presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Heverton Lacerda. Continuar lendo

AMA Guaíba reúne-se com o Ministério Público sobre o Arroio Passo Fundo

Nesta quarta-feira (22/5), Dia da Biodiversidade, a Associação Amigos do Meio Ambiente – AMA, de Guaíba, participou de uma segunda reunião com o Ministério Público local sobre a recuperação do Arroio Passo Fundo.

Arroio Passo Fundo, Guaíba-RS

O encontro contou com presença expressiva de representantes da Prefeitura Municipal, da Fepam e da Corsan e, representando a sociedade civil, a União das Associações de Moradores de Guaíba – UAMG e a AMA.

Eduardo Quadros, que representou a AMA no encontro, destaca que um produtor de arroz que retirava água do Arroio para a sua plantação teve o pedido de outorga negado pelo Departamento de Recursos Hídricos e terá que realizar a irrigação a partir de outra fonte. Com isto, o Arroio terá mais água para diluir a sua poluição. Para o DRH, não se pode irrigar uma plantação de arroz a partir de água imprópria para uso.

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Debate sobre Ameaças e Impactos de Monocultivos é nesta terça, dia 9/4

Captura de Tela 2019-04-07 às 01.47.31.pngesta terça-feira (9) a Amigos da Terra Brasil, associada da APEDeMA/RS, e WRM (World Rainforest Movement) promovem o debate público sobre as Ameaças e Impactos dos Monocultivos de Árvores e das Árvores Transgênicas. Com representantes de diferentes regiões nacionais e internacionais, como Argentina, Chile e Estados Unidos, relatando as condições atuais desta temática aqui no estado e demais regiões. Continuar lendo

Ambientalistas participarão da Audiência Publica sobre o carvão, em Charqueadas

Captura de Tela 2019-03-13 às 22.15.18.pngNesta quinta-feira (14/3/2019), à noite, em Charqueadas, vai ser realizada a audiência pública para discutir o Projeto Mina Guaíba. Trata-se de um projeto de mineração de carvão mineral, areia e cascalho que está em fase de licenciamento junto à FEPAM. Haverá a participação de representantes de entidades afiliadas à APEDeMA/RS.

O projeto tem sido promovido pelo Governo do Estado como a grande chance de desenvolvimento da região localizada entre Charqueadas e Eldorado do Sul. Em dezembro, o então Governador, José Ivo Sartori, apostando no uso do desenvolvimento regional com o uso do carvão, realizou evento no Palácio Piratini para apresentar aos Prefeitos dos Municípios da região a idéia da formação de um polo carvoeiro.

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AMA protesta contra a poluição do Arroio Passo Fundo

Captura de Tela 2019-01-17 às 14.54.33.png
Eduardo Quadros, da AMA Guaíba, em entrevista ao Jornal do Almoço

Longa matéria do Jornal do Almoço na RBS TV nesta quarta-feira (16/1/2019) destaca a poluição no Arroio Passo Fundo, que desagua no Guaíba próximo à cidade de mesmo nome. A luta contra a poluição no Arroio é destaque na atuação da AMA – Associação do Meio Ambiente de Guaíba, associada da APEDEMA/RS. Também a União das Associação dos Moradores de Guaíba apresenta análises químicas em que concluem que a poluição se dá por dejetos industriais, de esgotos, e da agricultura.  Continuar lendo

Conheça a DECLARAÇÃO FINAL DO FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA – 2018

DECLARAÇÃO FINAL DO FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA

LOGO FAMA 2018

Quem somos

Nós, construtores e construtoras do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), reunidos de 17 a 22 de março de 2018, em Brasília, declaramos para toda a sociedade o que acumulamos após muitos debates, intercâmbios, sessões culturais e depoimentos ao longo de vários meses de preparação e nestes últimos dias aqui reunidos. Somos mais de 7 mil trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, das águas e das florestas, representantes de povos originários e comunidades tradicionais, articulados em 450 organizações nacionais e internacionais de todos os continentes. Somos movimentos populares, tradições religiosas e espiritualidades, organizações não governamentais, universidades, pesquisadores, ambientalistas, organizados em grupos, coletivos, redes, frentes, comitês, fóruns, institutos, articulações, sindicatos e conselhos.

Na grandeza dos povos, trocamos experiências de conhecimento, resistência e de luta. E estamos conscientes que a nossa produção é para garantir a vida e sua diversidade. Estamos aqui criando unidade e força popular para refletir e lutar juntos e juntas pela água e pela vida nas suas variadas dimensões. O que nos faz comum na relação com a natureza é garantir a vida. A nossa luta é a garantia da vida. É isso que nos diferencia dos projetos e das relações do capital expressos no Fórum das Corporações – Fórum Mundial da Água.

Também estamos aqui para denunciar a 8º edição do Fórum Mundial da Água (FMA), o Fórum das Corporações, evento organizado pelo chamado Conselho Mundial da Água, como um espaço de captura e roubo das nossas águas. O Fórum e o Conselho são vinculados às grandes corporações transnacionais e buscam atender exclusivamente a seus interesses, em detrimento dos povos e da natureza.

Nossas constatações sobre o momento histórico

O modo de produção capitalista, historicamente, concentra e centraliza riqueza e poder, a partir da ampliação de suas formas de acumulação, intensificação de seus mecanismos de exploração do trabalho e aprofundamento de seu domínio sobre a natureza, gerando a destruição dos modos de vida. Vivemos em um período de crise do capitalismo e de seu modelo político representado pela ideologia neoliberal, na qual se busca intensificar a transformação dos bens comuns em mercadoria, através de processos de privatização, precificação e financerização.

A persistência desse modelo tem aprofundado as desigualdades e a destruição da natureza, através dos planos de salvamento do capital nos momentos de aprofundamento da crise. Nesse cenário, as ações do capital são orientadas pela manutenção a qualquer custo das suas taxas de juros, lucro e renda.

Esse modelo impõe à América Latina e ao Caribe o papel de produtores de artigos primários e fornecedores de matéria prima, atividades econômicas intensivas em bens naturais e força de trabalho.  Subordina a economia desses países a um papel dependente na economia mundial, sendo alvos prioritários dessa estratégia de ampliação da exploração a qualquer custo.

O Brasil, que sedia esta edição do FMA, é exemplar nesse sentido. O golpe aplicado recentemente expõe a ação coordenada de corporações com setores do parlamento, da mídia e do judiciário para romper a ordem democrática e submeter o governo nacional a uma agenda que atenda seus interesses rapidamente. A mais dura medida orçamentária do mundo foi implantada em nosso país, onde o orçamento público está congelado por 20 anos, garantindo a drenagem de recursos públicos para o sistema financeiro e criando as bases para uma onda privatizante, incluindo aí a infraestrutura de armazenamento, distribuição e saneamento da água.

Quais são as estratégias das corporações para a água?

Identificamos que o objetivo das corporações é exercer o controle privado da água através da privatização, mercantilização e de sua titularização, tornando-a fonte de acumulação em escala mundial, gerando lucros para as transnacionais e ao sistema financeiro. Para isso, estão em curso diversas estratégias que vão desde o uso da violência direta até formas de captura corporativa de governos, parlamentos, judiciários, agências reguladoras e demais estruturas jurídico-institucionais para atuação em favor dos interesses do capital. Há também uma ofensiva ideológica articulada junto aos meios de comunicação, educação e propaganda que buscam criar hegemonia na sociedade contrária aos bens comuns e a favor de sua transformação em mercadoria.

O resultado desejado pelas corporações é a invasão, apropriação e o controle político e econômico dos territórios, das nascentes, rios e reservatórios, para atender os interesses do agronegócio, hidronegócio, indústria extrativa, mineração, especulação imobiliária e geração de energia hidroelétrica. O mercado de bebida e outros setores querem o controle dos aquíferos. As corporações querem também o controle de toda a indústria de abastecimento de água e esgotamento sanitário para impor seu modelo de mercado e gerar lucros ao sistema financeiro, transformando direito historicamente conquistado pelo povo em mercadoria. Querem ainda se apropriar de todos os mananciais do Brasil, América Latina e dos demais continentes para gerar valor e transferir riquezas de nossos territórios ao sistema financeiro, viabilizando o mercado mundial da água

Denunciamos as transnacionais Nestlé, Coca-Cola, Ambev, Suez, Veolia, Brookfield (BRK Ambiental), Dow AgroSciences, Monsanto, Bayer, Yara, os organismos financeiros multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, e ONGs ambientalistas de mercado, como The Nature Conservancy e Conservation International, entre outras que expressam o caráter do “Fórum das Corporações”. Denunciamos o crime cometido pela Samarco, Vale e BHP Billiton, que contaminou com sua lama tóxica o Rio Doce, assassinando uma bacia hidrográfica inteira, matando inúmeras pessoas, e até hoje seu crime segue impune. Denunciamos o recente crime praticado pela norueguesa Hydro Alunorte que despejou milhares de toneladas de resíduos da mineração através de canais clandestinos no coração da Amazônia e o assassinato do líder comunitário Sergio Almeida Nascimento que denunciava seus crimes. Exemplos como esses têm se reproduzido por todo o mundo.

Os povos têm sido as vítimas desse avanço do projeto das corporações. As mulheres, povos originários, povos e comunidades tradicionais, populações negras, migrantes e refugiados, agricultores familiares e camponeses e as comunidades periféricas urbanas têm sofrido diretamente os ataques do capital e as consequências sociais, ambientais e culturais de sua ação.

Nos territórios e locais onde houve e/ou existem planos de privatização, aprofundam-se as desigualdades, o racismo, a violência sexual e sobrecarga de trabalho para as mulheres, a criminalização, assassinatos, ameaças e perseguição a lideranças, demissões em massa, precarização do trabalho, retirada e violação de direitos, redução salarial, aumento da exploração, brutal restrição do acesso à água e serviços públicos, redução na qualidade dos serviços prestados à população, ausência de controle social, aumentos abusivos nas tarifas, corrupção, desmatamento, contaminação e envenenamento das águas, destruição das nascentes e rios e ataques violentos aos povos e seus territórios, em especial às populações que resistem às regras impostas pelo capital.

A dinâmica de acumulação capitalista se entrelaça com o sistema hetero-patriarcal, racista e colonial, controlando o trabalho das mulheres e ocultando intencionalmente seu papel nas esferas de reprodução e produção. Nesse momento de ofensiva conservadora, há o aprofundamento da divisão sexual do trabalho e do racismo, causando o aumento da pobreza e da precarização da vida das mulheres.

A violência contra as mulheres é uma ferramenta de controle sobre nossos corpos, nosso trabalho e nossa autonomia. Essa violência se intensifica com o avanço do capital, refletindo-se no aumento de assassinato de mulheres, da prostituição e da violência sexual. Tudo isso impossibilita as mulheres de viver com dignidade e prazer.

Para as diversas religiões e espiritualidades, todas essas injustiças em relação às águas e seus territórios, caracterizam uma dessacralização da água recebida como um dom vital, e dificultam as relações com o Transcendente como horizonte maior das nossas existências.

Destacamos que para os Povos Originários e Comunidades Tradicionais há uma relação interdependente com as águas, e tudo que as atinge, e que todos os ataques criminosos que sofre, repercutem diretamente na existência desses povos em seus corpos e mentes. Esses povos se afirmam como água, pois existe uma profunda unidade entre eles e os rios, os lagos, lagoas, nascentes, mananciais, aquíferos, poços, veredas, lençóis freáticos, igarapés, estuários, mares e oceanos como entidade única. Declaramos que as águas são seres sagrados. Todas as águas são uma só água em permanente movimento e transformação. A água é entidade viva, e merece ser respeitada.

Por fim, constatamos que a entrega de nossas riquezas e bens comuns conduz a destruição da soberania e a autodeterminação dos povos, assim como a perda dos seus territórios e modos de vida.

Mas nós afirmamos: resistimos e venceremos!

Nossa resistência e luta é legítima. Somos os guardiões e guardiãs das águas e defensores da vida. Somos um povo que resiste e nossa luta vencerá todas as estruturas que dominam, oprimem e exploram nossos povos, corpos e territórios. Somos como água, alegres, transparentes e em movimento. Somos povos da água e a água dos povos.

Nestes dias de convívio coletivo, identificamos uma extraordinária diversidade de práticas sociais, com enorme riqueza de culturas, conhecimento e formas de resistência e de luta pela vida. Ninguém se renderá. Os povos das águas, das florestas e do campo resistem e não se renderão ao capital. Assim também tem sido a luta dos povos, dos operários e de todos os trabalhadores e trabalhadoras das cidades que demonstram cada vez maior força. Temos a convicção que só a luta conjunta dos povos poderá derrotar todas as estruturas injustas desta sociedade.

Identificamos que a resistência e a luta têm se realizado em todos os locais e territórios do Brasil e do mundo e estamos convencidos que nossa força deve caminhar e unir-se a grandes lutas nacionais e internacionais. A luta dos povos em defesa das águas é mundial.

Água é vida, é saúde, é alimento, é território, é direito humano, é um bem comum sagrado.

O que propomos

Reafirmamos que as diversas lutas em defesas das águas dizem em alto e bom som que água não é e nem pode ser mercadoria. Não é recurso a ser apropriado, explorado e destruído para bom rendimento dos negócios. Água é um bem comum e deve ser preservada e gerida pelos povos para as necessidades da vida, garantindo sua reprodução e perpetuação. Por isso, nosso projeto para as águas tem na democracia um pilar fundamental. É só por meio de processos verdadeiramente democráticos, que superem a manipulação da mídia e do dinheiro, que os povos podem construir o poder popular, o controle social e o cuidado sobre as águas, afirmando seus saberes, tradições e culturas em oposição ao projeto autoritário, egoísta e destrutivo do capital.

Somos radicalmente contrários às diversas estratégias presentes e futuras de apropriação privada sobre a água, e defendemos o caráter público, comunitário e popular dos sistemas urbanos de gestão e cuidado da água e do saneamento. Por isso saudamos e estimulamos os processos de reestatização de companhias de água e esgoto e outras formas de gestão. Seguiremos denunciando as tentativas de privatização e abertura de Capital, a exemplo do que ocorre no Brasil, onde 18 estados manifestaram interesse na privatização de suas companhias.

Defendemos o trabalho decente, assentado em relações de trabalho democráticas, protegidas e livre de toda forma de precarização. Também é fundamental a garantia do acesso democrático e sustentável à água junto à implementação da reforma agrária e defesa dos territórios, com garantia de produção de alimentos em bases agroecológicas, respeitando as práticas tradicionais e buscando atender a soberania alimentar dos trabalhadores e trabalhadoras urbanos e do campo, florestas e águas.

Estamos comprometidos com a superação do patriarcado e da divisão sexual do trabalho, pelo reconhecimento de que o trabalho doméstico e de cuidados está na base da sustentabilidade da vida. O combate ao racismo também nos une na luta pelo reconhecimento, titulação e demarcação dos territórios dos povos originários e comunidades tradicionais e na reparação ao povo negro e indígena que vive marginalizado nas periferias dos centros urbanos.

Nosso projeto é orientado pela justiça e pela solidariedade, não pelo lucro. Nele ninguém passará sede ou fome, e todos e todas terão acesso à água de qualidade, regular e suficiente bem como aos serviços públicos de saneamento.

Nosso plano de ações e lutas

A profundidade de nossas debates e elaborações coletivas, o sucesso da nossa mobilização, a diversidade do nosso povo e a amplitude dos desafios que precisam ser combatidos nos impulsionam a continuar o enfrentamento ao sistema capitalista, patriarcal, racista e colonial, tendo como referência a construção da aliança e da unidade entre toda a diversidade presente no FAMA 2018.

Trabalharemos, através de nossas formas de luta e organização para ampliar a força dos povos no combate à apropriação e destruição das águas. A intensificação e qualificação do trabalho de base junto ao povo, a ação e a formação política para construir uma concepção crítica da realidade serão nossos instrumentos. O povo deve assumir o comando da luta. Apostamos no protagonismo e na criação heroica dos povos.

Vamos praticar nosso apoio e solidariedade internacional a todos os processos de lutas dos povos em defesa da água denunciam a arquitetura da impunidade, que, por meio dos regimes de livre-comércio e investimentos, concede privilégios às corporações transnacionais e facilitam seus crimes corporativos.

Multiplicaremos as experiências compartilhadas no Tribunal Popular das Mulheres, para a promoção da justiça popular, visibilizando as denúncias dos crimes contra a nossa soberania, os corpos, os bens comuns e a vida das mulheres do campo, das florestas, águas e cidades.

A água é dom que a humanidade recebeu gratuitamente, é direito de todas as criaturas e bem comum. Por isso, nos comprometemos a unir mística e política, fé e profecia em suas práticas religiosas, lutando contra os projetos de privatização, mercantilização e contaminação das águas que ferem a sua dimensão sagrada.

O Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) apoia, se solidariza e estimulará todos os processos de articulação e de lutas dos povos no Brasil e no mundo, tais como a construção do “Congresso do Povo”, do “Acampamento Terra Livre”, da “Assembleia Internacional dos Movimentos e Organizações dos Povos”, da “Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo”; da campanha internacional para desmantelar o poder corporativo e pelo “tratado vinculante” como ferramenta para exigir justiça, verdade e reparação frente aos crimes das transnacionais.

Convocamos todos os povos a lutar juntos para defender a água. A água não é mercadoria. A água é do povo e pelos povos deve ser controlada.

É tempo de esperança e de luta. Só a luta nos fará vencer. Triunfaremos!

Assinam a declaração:

Aliança RECOs – Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras

Amigos da Terra América Latina e Caribe

Amigos da Terra Brasil

Articulação Brasileira das Agendas 2030

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB

Articulação Semiárido Brasileiro – ASA

Asociación por una Tasa a las Transacciones Financieras especulativas para Ayuda a los Ciudadanos  – ATTAC /Argentina

Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro- APEDEMA-RJ

Assentamento Antônio Conselheiro – Gleba Jatobá

Assentamento Sadia Vale Verde – Cáceres

Associação Brasileira de Reforma Agrária – ABRA

Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco

Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais – AATR

Associação de Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência dos Municípios de Miguel Pereira, Paty do Alferes  e Adjacências – ADEFIMPA-RJ

Associação de Moradores do Alto Gávea – AMALGA

Associação de Pós-Graduandos do Instituto de Energia e Ambiente da USP – APG do IEE

Associação de Servidores de Meio Ambiente – PECMA- ASCEMA Nacional

Associação do Limoeiro – Cáceres

Associação do Povo Indígena Chiquitano – APIC

Associação dos Criadores de Abelhas Nativas e Exóticas do Médio Paraíba, Sul, Centro Sul e Baixada Fluminense – ACAMPAR-RJ

Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU

Associação dos Servidores do Ministério do Meio Ambiente

Associação Gaúcha dos Gestores Ambientais – AGGA

Associação Grupo Cultural Agentes de Pastoral Negro do Brasil

Associação Grupo Cultural Modjumba axé

Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – Assemae

Associação Regional das Produtoras Extrativistas do Pantanal – ARPEP

Associação Regional dos Produtores Agroecológicos – ARPA

Auditoria Cidadã da Dívida

Auditoria Social

Cáritas Brasil

Centro de Ação Comunitária – CEDAC

Central de Movimentos Populares – CMP

Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas – CSA/ Trade Union Confederation of America – TUCA

Centro Acadêmico de Biologia UNEMAT/ Cáceres

Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra

Coletivo Ocupe & Abrace

Coletivo SAN-RJ

Colônia dos pescadores Z 14 – Várzea Grande

Colônia dos pescadores Z 18 – Cuiabá

Comissão Pastoral da Terra – CPT

Comitato Italiano Contratto Mondiale Sull’Acqua-Onlus (Comitê Italiano para o Contrato Global de Água)

Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa

Comitê hidrográfico Reserva do Cabaçal

Comité para la Abolición de las Deudas Ilegitimas – CADTM

Comitê Popular do Rio Paraguai

Comitê USP pela Água

Comunidade Mata Cavalo –  Nossa Senhora do Livramento

Comunidade Mutuca – Poconé

Comunidade Rural – Porto Esperidião

Comunidade Tanque do Padre – Poconé

Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM

Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares CONTAG

Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT – CONTRACS-CUT

Confederação Nacional dos Urbanitários – CNU

Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – Conaq

Central Única dos Trabalhadores – CUT

Cidadania e Sustentabilidade, Ecologia com Praticidade – ECOPHALT

Environmental Rights Action/Friends of the Earth Nigeria (ERA/FoEN)

European Water Movement

Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil

Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional – Fase/MT

Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – Fase

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros – FISENGE

Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal – FENAE

Federação Nacional dos Urbanitários – FNU

Federação Única dos Petroleiros – FUP

Federacion de Trabajadores del Agua Potable y Alcantarillado del PERÚ – FENTAP

Feminismo Comunitário Abya Yala

Food & Water Europe

Food & Water Watch

Foro Italiano Dei Movimenti Per L’acqua

Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – FBOMS

Fórum da Amazônia Oriental – FAOR

Fórum de Comunidades Tradicionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social

Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira

Forum Matogrossense do Meio Ambiente e Desenvolvimento – FORMAD

Fórum Nacional da Sociedade civil nos comitês de Bacia Hidrográficas – FONASC

Fórum Teles Pires Rede Juruena Vivo

Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana – FOSANPTOMA

France Libertés – Fondation Danielle Mitterrand

Frente de moradores prejudicados da Bacia do Una – FMPBU

Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental – FNSA

Fundação Luterana de Diaconia

Fundação Vida para todos – ABAI

Gestores Ambientais do Estado do Pará – GAEPA

Soropositividade, Comunicação e Gênero – Gestos

Grito Social das Águas

Grupo Carta de Belém

Grupo de Pesquisa Análise e Planejamento Ambiental da Paisagem e Educação Ambiental – AnPAP-EA

Grupo Raízes

Instituto 5 Elementos

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase

Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – PROAM

Instituto de Ciências (Ih) da UNB

Instituto de Pesquisas e Ação

Instituto de Pesquisas e Ação Comunitária

Instituto ELIMU Professor Cleber Maciel

Instituto Gaia

Instituto Icaracol

Instituto Mais Democracia

Instituto Oca do Sol

Instituto Panamericano do Ambiente e Sustentabilidade – IPAN

Instituto Paulo Freire (SP)

Internacional de Serviços Públicos – ISP/Public Services International – PSI

International Rivers

LabJuta – Laboratorio Justiça Territorial / UFABC

Lepur – Laboratório de Estudos e Projetos Urbanos e Regionais da Universidade Federal do ABC

Marcha Mundial de Mulheres – MMM

Movimento Camponês Popular – MCP

Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil – MPP

Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB

Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST

Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto – MTST

Movimento Mulheres pela P@Z

Movimento Pró-Saneamento e Meio Ambiente a Região do Parque Araruama – São João de Meriti/RJ – MPS

Movimiento de defensa del agua, la tierra y protección del medioambiente – MODATIMA/Chile

Mujeres en Alerta – Ciudad de la Costa – Uruguay

Nascentes da Crise

Observatório do Saneamento Básico da Bahia – OSB-BA

Ocupação Cultural Mercado Sul Vive

ONG defensores do Planeta

ONG Nova Cambuquira

ONG Proscience

ONG SAPI, Sociedade Amigos

Operação Amazônia Nativa – OPAN

Organização Coletivo Ambiental – OCA

Pesquisadoras da UFMT

Pesquisadoras da UNEMAT

Pimp My Carroça

Povo  Indígena Chiquitano –  Barra do Garças

Povo  Indígena Chiquitano Bói Boróro  – Barra do Garças

Povo Indígena Chiquitano Terra indígena Terra Portal do Encantado  – Porto Esperidião

Pré Comitê hidrográfico do Rio Jauru

Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná

Projeto em Educomunicação Por Falar em Ecologia

Quilombo Baixio – Barra do Bugres

Quilombo do Vão Grande – Barra do Bugres

Red Agua Publica of Spain

Red Vigilancia Interamericana para la Defensa y Derecho al Agua, RED VIDA

Rede Acreana de Jovens em Ação – REAJA

Rede Água Ecumênico (EWN)

Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA

Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras

Rede de Mulheres Ambientalistas da América Latina

Rede Jataiapis

Rede Mulher e Mídia

Rede ODS Brasil

Rede Rampa de Acesso Livre

Serviço Interfrancisacno de Justiça Paz e Ecologia – Sinfrajupe

Simbiose

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Sindágua/RN

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe – SINDISAN

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Purificação de Água e em Serviços de Esgotos do Distrito Federal – SINDÁGUA-DF

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Goiás – STIUEG

Sindicato dos Urbanitarios da Paraiba – STIUPB

Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Instituições de Pesquisa Agropecuária e Florestal – SINPAF

Slow Food Suramérica

Sociedade Fé e Vida

Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental – ISEE

SOS Planeta

Transnational Institute, the Netherlands – TN

UGT – União Geral dos Trabalhadores

Amigos da Terra Brasil presente no Fórum Alternativo Mundial das Águas

No sábado, dia 17 de março de 2018, iniciou, em Brasília/DF, o Fórum Alternativo Mundial das Águas, o FAMA. O fórum é um espaço construído pelas comunidades e movimentos sociais em oposição ao Fórum Mudial da Água, puxado pelas corporações interessadas na apropriação das águas e na privatização dos serviços públicos no Brasil e no mundo. O Fama busca contrapor a financeirização do bem comum. Água não é mercadoria!

Neste primeiro vídeo da cobertura do Amigos da Terra Brasil, a entidade conversa com  com Amilton Camargo, do Comitê dos Povos e das Comunidades Tradicionais do Pampa, e com Isolete Wichinieski, da Pastoral da Terra na Luta pelo Cerrado. Acompanhe a cobertura do Amigos da Terra pelo nosso site e também através da página do FAMA.

  • Mais informações

Amigos da Terra Brasil

 

Fonte

Jornal SEGUINTE de Gravataí destaca passeio de barco realizado pela APN-VG com a Associação Pachamama

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Em produção própria, o jornal Seguinte, de Gravataí, divulgou em seu saite o vídeo relatando como foi a viagem pelo rio Gravataí realizada pela APN-VG, em seu barco, e pela Associação Pachamama, em 9 de fevereiro último. Sérgio Cardoso, presidente da APN-VG e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, conduziu a viagem e relatou aos presentes a atuação da entidade em proteção ao rio nos últimos 39 anos.

A professora de Direito Constitucional da Universidade Federal do Ceará, Germana de Oliveira Moraes, que é co-criadora do Movimento Nación Pachamama, onde é conhecida por Violeta Molina, conversou com os viajantes sobre sua atuação em defesa do rio Doce,  em Minas Gerais, e sobre o rio Gravataí, que apresenta alta carga de poluição no seu curso final, antes de desaguar no Lago Guaíba, região  de alta concentração de habitações.

Com o rio muito baixo, a excursão aquática não pode seguir até o final planejado.  Melusina Iriarte, integrante da Unidade Campesina Espiritual Aoniken, integrante do Movimento Pachamama, situada na comunidade Mato Fino, também em Gravataí, participou e o vídeo apresenta o grupo – para  comunicação com os participantes da Comunidade, entrar no Facebook –  ou pelo telefone (51) 99303-1083. Esperanza, Diego Iriarte, Tânia Mendizabal, também participantes da viagem, explicam o que é a “consciência pachamama”.

O psicólogo e coordenador de Saúde Mental da Prefeitura de Gravataí, Gerson Jung, também participou e destacou que a percepção mais ampliada do que sustenta a vida, a natureza, as relações humanas, sustenta melhor uma sociedade no universo, uma vida com felicidade.

  •  Para navegar no rio Gravataí, entre em contato: www.facebook.com/riolimpo ou pelo celular 51 999144433.
  • O vídeo produzido pelo jornal Seguinte tem 17min11s. Veja a íntegra!  A reportagem foi de Rafael Martinelli e a gravação e a edição de Guilherme Klamt.

 

Gaúchos lutam pela preservação do rio Camaquã

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Ambientalistas da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) se integram às iniciativas em defesa do patrimônio ambiental de Palmas, localizada em Bagé, na região da Campanha do Estado Rio Grande do Sul (RS). 

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Formação rochosa localizada entre os municípios de Lavras do Sul e Bagé, às margens do Rio Camaquã [30º 51’56.84”S e 53º 42’36.29”W], serviu de palco para a fotografia do grupo. Ao fundo, uma ampla vista representativa do Bioma Pampa.
Após ficarem sabendo, há pouco mais de um ano, sobre a intenção de uma empresa de instalar uma mina de metais pesados nas proximidades do rio Camaquã, as irmãs Márcia e Vera Colares, que residem em Bagé e têm propriedade rural em Palmas, abraçaram a árdua missão de agregar forças para defender os patrimônios ambiental e cultural da terra onde nasceram e vivem até hoje. Continuar lendo

Agapan visita região ameaçada por mineradora no Pampa gaúcho e leva apoio à população

Denominado Projeto Caçapava do Sul, empreendimento de mineração da Votorantim Metais (Nexa Resources) pretende explorar cobre, zinco e chumbo em mina a céu aberto e coloca em risco a bacia do rio Camaquã.

Em A área de 21.657 km², a Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã estende-se por 28 município gaúchos, onde residem 356 mil habitantes, conforme dados do Comitê de Gerenciamento da Bacia.
Com o objetivo de intensificar a luta em defesa do bioma Pampa, em especial a bacia do rio Camaquã, comunidades, fauna e flora da região, integrantes da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) embarcam em Porto Alegre neste sábado (13) rumo à Palmas, localizada na região da Campanha gaúcha.
A comitiva, composta por associados e apoiadores da entidade, será recebida por moradores de Bagé e terá o reforço de uma turma de alunos da Universidade Federal de Pelotas, que estará acompanhada do professor Althen Filho, também associado da Agapan.

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Seminário da Associação Ambientalista Biguá, em Arambaré, acontece no próximo fim de semana

Captura de Tela 2018-01-04 às 06.51.28A Associação Ambientalista Biguá, associada da APEDeMA/RS, juntamente com o Curso de Extensão de Educação do Campo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS realizará o seu V Seminário no Município de Arambaré, RS.

Este evento, que se chamará RECULUTA DE VIVÊNCIAS é o relato e debate de diversos assuntos. Acontecerá nos dias 06 e 07 de janeiro de 2018.

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Audiência Pública na Assembleia Legislativa vai discutir impactos da operação da CMPC (Ex-Riocell) em Guaíba

Captura de Tela 2017-11-07 às 06.53.46.pngA AMA – Associação Amigos do Meio Ambiente e a ABA – Associação dos Moradores do Balneário Alegria  estão convocando os interessados para participar da Audiência Pública sobre os sérios impactos sofridos pela comunidade de Guaíba devido às obras e operação da produção de celulose da empresa CMPC – Celulose Riograndense, controlada atualmente por capital chileno.

A Audiência Pública foi convocada pelo Deputado Altemir Tortelli, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e será realizada no Palácio Farroupilha nesta quarta-feira (8/11), na Sala Adão Pretto, com início às 9h30min.

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UPAN realiza evento internacional Nossos Rios, em 5/11, próximo domingo

A 1ª Pororoca da Nação das Águas será realizada na região de São Leopoldo neste domingo, organizada localmente pela UPAN – União Protetora do Ambiente Natural.  A atividade está sendo realizada em diversas partes do mundo, dentro da mobilização proposta pela nacional proposta pelo Movimento Nação Pachamama juntamente com diversos movimentos sociais e juristas do Brasil inteiro, principalmente junto a comunidades ribeirinhas em defesa do rio Amazonas, rio São Francisco, rio Doce, rio dos Sinos e rio Camaquã. 

Serão realizadas manifestações sociais e artísticas.

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