A AMA – Associação Amigos do Meio Ambiente e a ABA – Associação dos Moradores do Balneário Alegria estão convocando os interessados para participar da Audiência Pública sobre os sérios impactos sofridos pela comunidade de Guaíba devido às obras e operação da produção de celulose da empresa CMPC – Celulose Riograndense, controlada atualmente por capital chileno.
A Audiência Pública foi convocada pelo Deputado Altemir Tortelli, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e será realizada no Palácio Farroupilha nesta quarta-feira (8/11), na Sala Adão Pretto, com início às 9h30min.
Na audiência serão expostos pelos moradores os impactos crônicos sentidos dia e noite, provocados empresa, tais como:
- – Altos níveis de ruído (mesmo à noite);
- – Forte odor (derivado de compostos de enxofre e outros);
- – Materiais particulados (das chaminés), serragem (do picador e pátio de madeira) e espuma (da Estação de Tratamento de Efluentes) que caem sobre suas residências;
- – Exposição à riscos derivados de possíveis acidentes ocorridos na empresa (já ocorreram vazamentos de cloro, um incêndio e um grande acidente na caldeira), sem o devido preparo da população do entorno de como agir em caso de acidentes que os atinjam;
- – Estrangulamento da malha viária local a uma única via de acesso da zona sul da cidade de Guaíba ao centro.
Em nota publicada em seu site (ver) a AMA-Guaíba afirma que a participação na Audiência Pública é fundamental como forma de pressão para que “a empresa arque com responsabilidade de manter suas operações junto a residências e escolas sem acabar com a qualidade de vida dos moradores, que FEPAM e Ministério Público cumpram seus papeis de fiscalizadores e se posicionem ao lado da população, que a Prefeitura Municipal de Guaíba não se exima de promover alterações no seu Plano Diretor para que a saúde, bem estar e segurança da comunidade sejam assegurados, e que a Assembleia Legislativa investigue os fatos ligados ao processo de licenciamento ambiental da quadruplicação da capacidade produtiva da planta da CMPC em Guaíba, afim de apurar possíveis irregularidades”.