Um comentário sobre “Luta contra Liberação de Agrotóxicos

  1. Passei a tarde hoje na Assembléia Legislativa do Estado do RS, para entregar uma correspondência de protesto a todos os deputados contra o PL 78/12, cujo teor passarei por email individualmente ao pessoal.
    É leviano e criminoso o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, que apóia o PL apenas levando em conta a “competitividade comercial”, de costas para o interesse da população e dos trabalhadores rurais.
    Segundo algumas palavras trocadas com um deputado presente (estavam todos em campanha e deixei com seus assessores a correspondência) sabe-se que está havendo inclusive aberrações sexuais nos fetos gerados por trabalhadores do arroz e outras “plantations”, além das teratogenias já conhecidas, câncer, doenças mentais, suicídios, etc, somente levando em conta os trabalhadores diretos.
    Se somarmos os danos sobre toda a cadeia biológica, o envenenamento do solo e das águas, e dos consumidores dos produtos, escancaramos a dimensão da tragédia.
    Apesar de proibidos, os agrotóxicos são contrabandeados e comprados principalmente pelos grandes produtores, porque não resolve uma proibição platônica, sem fiscalização cerrada e punição severa, que deveria ir até o confisco das áreas contaminadas para sua recuperação sob responsabilidade pública direta, já que é impossível confiar nesses transgressores criminais.
    Acho que devem ser envolvidas nesse movimento todas as entidades de Saúde, sindicatos profissionais, associações, conselhos, a Polícia Federal, a Universidade, a Vigilância Sanitária, e que outras entidades públicas e privadas existam que trabalhem pela sanidade da população, das condições de trabalho, e do ambiente natural.
    E mais, que esse movimento se expanda e atinja todo o Brasil através de redes de comunicação, foros e eventos, e pressão legislativa e também sobre os executivos.
    Tania Jamardo Faillace – POA, RS
    jornalista e escritora
    ativista social

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