AGAPAN debate o Cristianismo e a Natureza

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“Cristianismo e Natureza, a posição da Igreja diante da degradação dos biomas brasileiros” é o tema central do Agapan Debate, que acontece na próxima segunda-feira (10/04), às 19h, com entrada franca, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Ufrgs. Convidados pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), participam do debate o frei Luiz Carlos Susin e o jurista e procurador de Justiça aposentado, Orci Paulino Bretanha Teixeira.
Frei Susin antecipa que em sua palestra sobre “Cristianismo e natureza: etapas de uma relação poliédrica com tumultos e sucessos” pretende fundamentar sobretudo no teólogo Jürgen Moltmann e no historiador Jacques Le Gof, abordando ainda o livro que escreveu com meu confrade, “A vida dos outros – ética e teologia animal”.
Já Teixeira, em sua palestra sobre “O destino comum dos bens: uma visão jurídica” vai adequar o tema do Agapan Debate à Carta Encíclica “Laudato Si”, do Papa Francisco, e a textos por ele publicados, como “O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental” e o livro eletrônico “A fundamentação ética do estado socioambiental”.

De acordo com o mediador da mesa, o filósofo e diretor budista Celso Marques, que presidiu a Agapan por três gestões, a escolha do tema se deve ao lema da Campanha da Fraternidade deste ano, definida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): ‘Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida’, ou seja, cuidar dos biomas brasileiros é uma questão de fé e cidadania.

 O assunto foi sugerido pela recente edição da Carta Encíclica Laudato si – Sobre a Casa Comum, divulgada pelo Papa Francisco em 24 de maio de 2015. Veja a íntegra.  Nela são abordados, com profundidade, temas ecológicos, éticos e o consumismo, motivadores uma nova postura da Igreja Católica frente às sérias questões que assolam “a nossa casa comum”, o Planeta.
Na verdade, o que vai permear os debates são questões teológicas/filosóficas/ecológicas que apontam para um novo paradigma com relação a essa revolucionária encíclica papal”, antecipa Marques.
DEBATEDORES
Sobre a situação de degradação que atinge não apenas o Pampa gaúcho, mas os demais biomas brasileiros, a Agapan convidou para avaliar o papel e a interferência da Igreja e das religiões nessa defesa o frei Luiz Carlos Susin, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, professor na PUC e na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, de Porto Alegre. Foi secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia da Libertação, durante o Fórum Social Mundial e, pela sua obra (29 livros e numerosos artigos e palestras), recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura Religiosa no ano 2000.
Orci Bretanha Teixeira é o outro debatedor. Procurador de Justiça aposentado (Ministério Público do Rio Grande do Sul), mestre em Direito e doutor em Filosofia. Lecionou na Faculdade de Direito da PUC e na Fundação Escola Superior do Ministério. Atualmente é advogado.
Celso Marques, mediador, ecologista, ex-presidente da Agapan de 1986 a 1993 e conselheiro. Bacharelado, com licenciatura em Filosofia na Ufrgs, universidade da qual é professor aposentado de Filosofia do Colégio de Aplicação. Monge budista da tradição Sotô Zen, atualmente dirige o Instituto Zen Maitreya, sendo monge orientador do Zendo do Diamante, em Porto Alegre, além de escritor, violonista, compositor popular e poeta.
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Divulgação: Imprensa Agapan, com edição

 

Gestão da fauna no RS tem comportamento de ´camaleão´ afirma Curicaca

Captura de Tela 2015-09-23 às 10.08.48Para o Instituto Curicaca, associado da APEDeMA/RS, que preside o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, embora a SEMA (secretaria que cuida da área ambiental no Governo do Estado) afirme ter boa intenções, falta demonstrar a mesma com medidas concretas. No ano passado, a ONG organizou, em parceria com a UFRGS e o Ministério Público, o “Seminário estadual de gestão da fauna silvestre no Rio Grande do Sul”, que teve entre suas recomendações o fortalecimento do Setor de Fauna da SEMA.

A nota do Instituto Curicaca, divulgada em seu site (ver íntegra) afirma ainda que:

Uma medida nesse sentido, apontada pelos participantes, seria o chamamento dos técnicos concursados. Quando a diretora do Departamento de Biodiversidade informa que a Sema pretende chamá-los, fica no ar a pergunta: o que está sendo feito de fato para que isso aconteça? Pelo que se sabe, mesmo que o Governador Sartori tenha suspendido os chamamentos, as vagas necessárias já poderiam ter sido abertas na Sema, o que ainda não ocorreu desde o início da gestão. Entre demandas reais e soluções hipotéticas, o Comitê resolveu pedir que a Sema apresente na sua próxima reunião, em novembro, um plano com ações concretas para tirar a gestão da fauna silvestre da situação frágil na qual se encontra. A conselheira Carla Fontana (PUCRS), que tem décadas de trabalho com fauna, sugeriu que para cada necessidade de gestão seja apresentado o que, o como e o quando fazer. A diretora do DBio disse que faria o possível para atender a demanda e, assim, a pauta da reunião de novembro já ficou fechada.

Nesta terça: painel sobre Saúde Humana: Crise Hídrica e Saúde nas Cidades

Captura de Tela 2015-03-30 às 22.22.34A Farmacêutica Ana Maria Valls representará a AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, associada da APEDeMA/RS, no painel sobre ‘Saúde Humana: Crise Hídrica e Saúde nas Cidades‘ que acontece nesta terça, 31/3, às 18h30min, no Auditório da Escola de Enfermagem da UFRGS – Rua São Manoel, 963, em Porto Alegre.

Também participa do painel, entre outros, o Jornalista e Professor de Jornalismo Ambiental na UNIRITTER Roberto Villar Belmonte.

Para mais informações, veja o cartaz ao lado.

Em Porto Alegre, debate sobre os 10 anos da Lei de BioSegurança e os Transgênicos no Brasil

Captura de Tela 2015-03-21 às 12.41.23Os 10 anos da Lei de Biossegurança no Brasil serão analisados e debatidos na próxima terça-feira (24/3), às 19h, com entrada franca, no auditório da Faculdade de Arquitetura da Ufrgs, em Porto Alegre. Os pesquisadores e ambientalistas Marijane Lisboa (PUC-SP) e Leonardo Melgarejo (Agapan) vão falar sobre a situação dos transgênicos no Brasil. A mediação ficará por conta de Paulo Brack (Ingá).

Todos já atuaram na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e vão contar como os transgênicos são analisados e aprovados. A Lei Nacional de Biossegurança foi sancionada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em 24 de março de 2005.

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Paulo Brack dá curso sobre a Flora do RS

Cores, sabores e papel estratégico da flora do RS com Paulo Brack, dias 13 e 14 de setembro, no Rincão Gaia, sede da Fundação Gaia.

Os interessados devem inscrever-se o quanto antes. “Nesse curso iremos tratar da importância e da diversidade de espécies nativas da Flora do Rio Grande do Sul, no que diz respeito a seu reconhecimento, conhecimento e seu papel estratégico nos dias atuais”, explica Brack. Ele destaca que será data ênfase às espécies alimentícias, como frutíferas e hortaliças; ornamentais pouco utlizadas; e outras de utilização ecológica e econômica. “Também não deixaremos de lado a questão da proteção das espécies ameaçadas e da biodiversidade como um todo”.

Informações completas em http://www.fgaia.org.br/cursos/13_14_setembro_2014.html

Fonte: http://www.fgaia.org.br

 

Palestra sobre Campos Nativos do Pampa, sua conservação e seu manejo correto e lucrativo

Conservação do Bioma Pampa a partir do manejo correto das pastagens naturais” é o tema da palestra com Carlos Nabinger, que acontece dia 09 de setembro, próxima terça-feira, promovida pela Fundação Gaia em parceria com a Livraria Cultura de Porto Alegre (no mapa). O evento inicia às 20h na no auditório da livraria, com entrada franca.

A atividade integra o Ciclo de Palestras Ecologia na Cultura, cuja temática norteadora de 2014 é “Construir o Futuro com Visão”. Trazendo assuntos relacionados às questões ambientais, no final da apresentação será proposto ao palestrante um questionamento: qual visão permite um avanço sustentável e mais acertado em direção ao futuro comum na Terra?

Com periodicidade mensal, os encontros realizam-se sempre na segunda terça-feira de cada mês. Interessados podem obter certificado de participação nas palestras, tanto para cada evento como para todas nas quais participarem. Para isso basta escrever para reservas@fgaia.org.br e solicitar maiores informações.

Texto da Jornalista  Cláudia Dreier

HOJE: O Veneno Está na Mesa 2, em Torres, com comentários de Melgarejo e degustação de produtos orgânicos

o veneno esta na mesa 2A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Centro Ecológico, a Ong Onda Verde,  Cooperativa Ecotorres e o Cineclube convidam  para o lançamento do filme “O Veneno Está na Mesa II”, do consagrado documentarista Silvio Tendler na próxima segunda-feira, dia 01 de setembro, às 19h, no Centro Municipal de Cultura de Torres /RS.
 
O evento dará continuidade ao lançamento do filme “Veneno Está na Mesa II” em nível estadual.
 
Após a  projeção haverá  uma palestra do engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo,da Agapan, que é mestre em Economia Rural e doutor em Engenharia de Produção. Extensionista rural da EMATER-RS, atua no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-RS), e coordena o Grupo de Trabalho (GT) Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).
 
Serviço:
  • Dia 01 de setembro – segunda-feira
  • Filme – Palestra – Degustação de produtos orgânicos.
  • Hora: 19 h
  • Local: Centro Municipal de Cultura de Torres/RS.
 
Após o filme haverá degustação de produtos orgânicos.

Paulo Brack: Que Rio Grande do Sul queremos ???

Professor Paulo Brack, em curso do InGá, falando sobre as plantas nativas de Porto Alegre – Fonte da Fotografia: página do InGá.

O Professor Paulo Brack foi um dos participantes do último Agapan Debate, realizado no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS em 11 de agosto. Para a sua apresentação o Biólogo, professor do Dep. de Botânica da UFRGS e membro da coordenação do InGá – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – preparou um material depois transformado em texto com links para as fontes das citações. É este material que está sendo  disponibilizado por este post no site da Apedema/RS – a federação das entidades ambientalistas gaúchas.

O estudo de dez páginas discorre sobre a necessidade de uma reforma política, fortalecimento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a necessidade de diagnósticos periódicos da situação ambiental do Estado e de monitoramento do que ainda resta de remanescentes nos biomas Pampa e Mata Atlântica.

Ressalta ainda a necessidade da superação da ‘síndrome do crescimento econômico e do resgate da economia integral – “A busca fundamentalista pelo Crescimento Econômico, inerentemente sem limites, segue sendo uma das causas fundamentais da degradação ambiental, como assinala Vandana Schiva”, disse o palestrante.

Ao finalizar, registrou que ‘um outro Rio Grande do Sul é necessário‘, lembrando que deve-se cobrar dos Governos Federal e Estadual a obrigação da criação do Corredor Ecológico Aparados da Serra – Rio Pelotas, a não distribuição de sementes transgênicas de milho no programa Troca-Troca, entre outras atitudes. É importante garantir que não haja retrocessos também  no Código Estadual de Meio Ambiente, denunciando-se também os políticos e grupos financiados por empresas para combater a emancipação de povos tradicionais e causar retrocessos ambientais.  Sugeriu a leitura do documento Transição Ecológica Necessária, e outros materiais de pensadores, como Michael Lowy, Vandana Shiva, Serge Latouche, Jorge Riechmann, Eddy Sánches, Óscar Carpintero, David Harvey, entre outros, que vêm buscando uma transição pós-capitalista, já que o sistema hegemônico atual é a principal causa da degradação ambiental e da desigualdade social.

 

 

CEA indica nova publicação do MMA sobre Educação Ambiental

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), dando seguimento a publicação atinentes a Educação Ambiental, publicou recentemente mais um volume da série Encontros e Caminho, iniciada em 2005, considerada “um marco dentre as produções bibliográficas da Educação Ambiental (EA) brasileira”, segundo o próprio MMA.

Livro-MMA-Encontros-e-Caminhos-CapaSegundo o MMA a “série reúne conceitos apresentados por autores de referência, de modo objetivo, com fundamentos teóricos, práticas pedagógicas e hermenêuticas, para apoiar a apropriação, o aprofundamento e a tradução dos conceitos”.

O atual volume Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras(es) Ambientais e Coletivos Educadores – Volume 3, encontraremos reflexões sobre a EA como “campo aberto, dinâmico, incompleto e antropofágico. Agora, com este volume, chega-se ao total de 79 conceitos, 12 práticas relatadas e um texto coletivo”, conforme destaca o MMA.

Para o CEA – Centro de Estudos Ambientais, associado da APEDeMA/RS, que participa desde 2005 do Comitê Assessor do Órgão Gestor da Politica Nacional de Educação Ambiental (PNEA) junto ao MMA/MEC representando o Fórum Brasileiro de Organizações não Governamentais e Movimentos Sociais (FBOMS), as correntes da EA são influenciadas basicamente por duas correntes do pensamento verde: antropocêntrica, que só reconhece o homem (macho, branco e rico) com sujeito de direitos e a não antropocêntrica, que vê o conjunto da natureza como sujeito de direitos.

Alguns artigos da publicação enfrentam esse debate, ainda incipiente no campo da EA no Brasil.

O CEA, recebeu alguns recebemos exemplares para distribuição gratuita entre seu membros, colaboradores, simpatizantes…

Caso alguém tenha interesse, entre em contato conosco para avaliamos a possibilidade de repasse de um exemplar imprenso.

É possível baixar em pdf: http://www.mma.gov.br/publicacoes/educacao-ambiental/category/101-serie-desafios-da-ea

12 anos sem a presença física de José Lutzenberger

No dia em que se completam 12 anos de partida de Lutz, a Fundação Gaia, associada da APEDeMA/RS,  partilha com seus amigos e colaboradores pensamentos do ecologista, encontrados nos vários livros e textos escritos por ele ao longo de décadas. Alguns destes encontram-se na íntegra no link http://www.fgaia.org.br/texts/index.html.

Ambientalistas e Ecologia

Sempre nos acusaram (aos ambientalistas) e continuarão nos acusando de radicais, de líricos, quando não de apocalípticos. Apenas somos realistas. A realidade é grave.

Preâmbulo da 4° edição do livro “Manifesto Ecológico Brasileiro – Fim do Futuro?”, 1986.

O ecólogo é muitas vezes criticado por considerar-se que ele é contra um mundo tecnológico. A ecologia, entretanto, apenas abre os olhos para a diferença existente entre tecnologia predatória e, portanto, insustentável à longo prazo, e tecnologia branda, que não transfere custos às gerações futuras.

“Desconcentração econômica”, 1975-76. Do livro “Manifesto ecológico brasileiro – Fim do Futuro?”, 4° ed., 1986.

De que adianta ensinar aos jovens o amor à natureza se, daqui a algumas décadas, quando a eles couber o poder de decisão, não mais existir natureza para salvar. Para que ainda tenha sentido a educação da juventude, devemos fixar já os novos caminhos, devemos começar logo a reparar o que pode ser reparado, devemos evitar a continuação e o incremento dos estragos e devemos iniciar hoje os processos que só frutificarão a longo prazo.

“Reconquista do futuro”, 1975-76. Do livro “Manifesto ecológico brasileiro – Fim do Futuro?”, 4° ed., 1986. Continuar lendo

Observação de Fauna em Canela

A ASSECAN – Associação Ecológica Canela – , associada da APEDeMA/RS, divulga fotografias da RPPN com animais da flora silvestre.

A fauna do Bosque de Canela é característica dos animais de borda e interior das matas com araucárias O tamanho reduzido da área e a localização na periferia da cidade são fatores desfavoráveis para a biodiversidade de fauna, compensados pela conectividade com a FLONA de Canela, que sem dúvida é um fator favorável para a conservação da fauna -, embora não tenhamos estudos para nos amparar. O Jardim Florestal, na sede da RPPN, como área de brejo e fruticultura nativa e exótica é um lugar de registro, por observação, de mamíferos, aves, anfíbios e répteis.

Visite o site da ASSECAN e conheça melhor este recanto natural destinado à conservação – www.assecan.org.br.

 

Nestas imagens duas saracuras e uma cotia:

 

 

Recordações, amor e versos para Augusto Carneiro na Feira

 

(Credito: Facebook /Gonçalo de Carvalho)
Ambientalistas gaúchos fizeram uma homenagem ao seu pioneiro neste sábado, na banca na Feira Ecológica que ele ocupou por 25 anos

Saudades, mas sem dor – como bem lembrou o ex-presidente da Agapan, Francisco Milanez – foi o sentimento dominante na Feira de Agricultores Ecologistas neste sábado, 12 de abril, onde foi realizada uma homenagem a Augusto Carneiro, que faleceu na última segunda-feira, 7 , aos 91 anos. “É uma morte que não sofremos, pois Carneiro teve uma vida plena, foi incansável e só deixou amor entre nós”, disse o dirigente.

O ato, prestigiado por ambientalistas de distintas entidades e pelo público frequentador, resgatou da memória desse pioneiro em seu espaço de difusão da causa ambiental: a banca de livros que montava todos os sábados, desde a fundação da FAE, em 1989. “Aqui é tudo ecologia”, apresentava seu trabalho a quem passasse.