Apedema alerta sobre a retomada do uso do carvão mineral no RS

A Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente / APEDEMA/RS divulga nesta quarta-feira (14/7/2021) o “Alerta Urgente sobre os Danos Socioambientais da Retomada do Uso do Carvão Mineral do RS (2021)“. A APEDEMA é a federação das entidades ambientalistas do Rio Grande do Sul.

O documento lembra que a entidade havia alertado ainda em 2011 sobre os riscos socioambientais da expansão do uso energético do carvão mineral do Estado já então em discussão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. No atual documento, a entidade reitera que temos fontes diversas de energias renováveis, sendo que o aproveitamento do carvão como fonte energética corresponde a uma tecnologia obsoleta, antieconômica, profundamente danosa à saúde humana e ao meio ambiente, além de contribuir significativamente para piorar a crise climática atual.

O documento destaca que o uso do carvão está sendo abandonado no mundo e a exploração de novas jazidas não é compatível com a meta do Acordo de Paris, assinado por 195 países, incluindo o Brasil, de limitar a 2ºC o aumento da temperatura média global.

“A produção de energia à base de carvão, apesar de ainda ser uma das fontes de produção de eletricidade mais utilizadas em todo o mundo, libera a maior concentração de gases e partículas poluentes, além de metais pesados tóxicos”, afirma a Apedema. “Como o saudoso professor e ambientalista Flávio Lewgoy assinalava, a composição química do carvão mineral do Sul do Brasil é considerada uma verdadeira enciclopédia de venenos“.

Além de afetar o clima em geral, há conseqüências diretas ao sistema respiratório dos moradores e moradoras dos arredores das minas e das térmicas a carvão mineral. Destaca, o documento, que entre as substâncias, no processo de exploração surgem “o SO2 – dióxido de enxofre, CO2 – dióxido de carbono, e NOx – óxidos de nitrogênio, os quais resultam em ozônio ao nível da superfície”. “O dióxido de enxofre e o ozônio são gases altamente corrosivos, que causam falência respiratória e contribuem para a baixa de peso dos nascituros e no aumento da mortalidade infantil”.

Veja a íntegra do documento com 8 páginas e formato PDF e extensa lista de fontes técnicas.

Transcrevemos a parte final do documento:

O QUE DEVE SER FEITO?

Como já assinalamos, existem alternativas, mas estas devem ser tratadas também com a sociedade, longe do negacionismo científico da crise climática e de forma democrática. Devemos superar a maneira superficial, tecnocrática e autoritária, levada a cabo por governantes e políticos desavisados ou que respondem a interesses econômicos imediatistas, em especial ao lobby do carvão mineral que é negacionista das mudanças climáticas. Além disso, parte importante de nossa energia é direcionada ao setor das indústrias eletrointensivas, de exportação de alumínio, ferro, cimento e celulose, que disponibilizam nossos recursos naturais para outros países transformarem em manufaturados, gerando mais renda lá fora do que no nosso próprio país.

A atual privatização do Setor Elétrico agrava ainda mais a situação, pois as empresas privadas não visam reduzir consumo de energia, ao contrário. Necessitamos de políticas públicas, sob o controle da sociedade, que reduzam a baixa eficiência e a perda excessiva de um sistema concentrado de produção e transmissão, promovendo-se fontes de energia renováveis e verdadeiramente sustentáveis, como a eólica, a solar, a biomassa (com vegetais em sistemas agroecológicos) e o biogás, a partir de resíduos orgânicos urbanos e rurais

Necessitamos, acima de tudo, de energias que contemplem uma sociedade calcada no princípio da precaução e na inteligência, não o contrário, como vem sendo feito. Os atuais padrões energívoros são profundamente insustentáveis, pois alimentam um modelo de sociedade baseado na produção industrial concentrada e no consumo ilimitado, num planeta com recursos naturais finitos.

As entidades ambientalistas do Rio Grande do Sul, por intermédio da APEDEMA, reiteram, mais uma vez: Não há mais motivos para a utilização do carvão mineral, um dos combustíveis mais sujos do século XIX, e, portanto, seu uso deve ser abandonado, com urgência! Necessitamos de um debate amplo e uma revisão profunda na política energética do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil, vislumbrando o abandono do consumo do Carvão e dos demais combustíveis fósseis. Uma transição necessária para modelos mais sustentáveis, igualitários, com uso descentralizado e democrático de energias renováveis, em especial de fontes eólica, solar e de bioenergia diversa, longe do atual alto impacto ambiental e enorme risco à sociedade e à vida como um todo no Planeta.

Porto Alegre, 14 de julho de 2021.

Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS).

AGAPAN divulga nota contra o regime de urgência para a Assembleia Legislativa examinar mais de 400 propostas de mudança no Código Estadual do Meio Ambiente do RGS

O Governador do RGS Eduardo Leite (PSDB) apresentou aos jornalistas hoje pela manhã o projeto que estava enviando a Assembleia Legislativa para modificar o Código Ambiental do Estado em mais de 400 pontos. Confirmou que solicitaria a tramitação do projeto em regime de urgência, o que evita que seja analizado pelas Comissões de Saúde e Meio Ambiente, entre outras.

O Secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura Artur Lemos afirmou a jornalistas que seria desnecessária uma longa etapa de exame e estudos pela própria Assembleia e a comunidade porque, quando de sua edição original, foi muito debatido o projeto do código, citando expressamente, como uma das entidades que haviam participado do processo, a Agapan.
A Agapan tomou conhecimento do projeto apenas a tarde e repudia totalmente a ideia de que um processo de discussão, realizado há anos, pode tornar desnecessário atualmente o exame das mais de 400 propostas pelas Comissões Permanentes da casa e pela comunidade em geral.

A seguir a nota divulgada pela entidade:

NOTA PÚBLICA DA AGAPAN

A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) vem a público informar que só teve acesso ao Projeto de Lei (PL) 431/2019, que altera o Código Estadual de Meio Ambiente do RS, na tarde desta sexta-feira, dia 27 de setembro de 2019, e que, portanto, está analisando o conteúdo do referido PL. 
Contestamos e consideramos precipitada qualquer inferência, principalmente equivocada e descontextualizada – o que pode gerar influência ou confundir a população – ao fato de sempre, em todos os momentos, termos participado dos estudos, propostas e criações das principais leis ambientais do país, com destaque à legislação gaúcha, que sofre nova investida de alterações para as quais ainda não temos opinião finalizada. 

De pronto, contestamos o caráter de urgência empregado à tramitação da matéria na Assembleia Legislativa, o que pode prejudicar a participação social na análise desta importante e vital legislação. 

Porto Alegre, 27 de setembro de 2019.

Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN

A tragédia dos Comuns – 1º Encontro – Políticas Públicas em discussão.

A APEDeMa, em parceria com a Uergs, estará participando de debates em torno da atualização das discussões em torno da obra “A tragédia dos Comuns” popularizada pelo ecologista Garrett Hardin no ensaio “The Tragedy of the Commons“, publicado em 1968 na revista Science.[2

A primeira palestra do evento será no dia 23/05/2018. No dia 17/08/2018, a terceira palestra de um ciclo de 06 encontros, será com o  urbanista Francisco Milanez  (AGAPAN) sob a indicação da APEDeMA-RS: “Gestão do Espaço urbano e a Tragédia dos comuns”. O endereço para inscrições está no flyer. O convite para a participação da APEDeMA/RS partiu do prof. Dr. Celmar Corrêa Oliveira, Líder do Grupo de Pesquisa Política, Gestão Pública e Desenvolvimento UERGS/CNPq e um dos Coordenadores do Evento e palestrante no dia 23/05/2018.

Dia da biodiversidade (22/5) e onde está o desenvolvimento?

Dia Internacional da Biodiversidade é comemorado anualmente em 22 de maio.

Esta data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), visa conscientizar a população mundial sobre a importância da diversidade biológica, além da necessidade da proteção da biodiversidade em todos os ecossistemas do planeta. Clique aqui para saber mais.

Grandes temas merecem grandes palestrantes. Dia da biodiversidade 22-05, na Fabico, 19 h, com Paulo Brack (InGá/UFRGS), Vera Colares (Movimento de defesa do rio Camaquã) e Felipe Vargas do PGDR/UFRGS. Importante participar desse evento.

 

 

Agrotóxico: debate sobre mudanças na lei – Prof. Paulo Brack (UFRGS) do InGá afiliado da APEDEMA-RS na ULBRA TV.

Confira importante debate sobre Agrotóxicos com a participação do Prof. Dr. Paulo Brack (UFRGS) do InGá afiliado da APEDEMA-RS, publicado em 15 de maio de 2018, no youtube pela Ulbra TV.

Segundo a Ulbra TV sobre o vídeo:

Uma comissão especial da Câmara de Deputados deve votar esta semana um projeto de lei que alivia o controle do uso de agrotóxicos. Se aprovada, ela pode permitir que mais defensivos sejam adicionados à produção. Estudo da USP aponta o Brasil como um dos maiores consumidores de agrotóxico no mundo, usando 20% do total comercializado no mundo. O assessor técnico da Farsul, Luís Fernando Cavalheiro Pires e o ambientalista e professor da UFRGS Paulo Brack debateram. Conexão RS Exibição: 14.05.2018 http://www.ulbratv.com.br

 

COMPOSTAGEM – Felipe Viana da ONG Econsciência afiliada da APEDEMA-RS

COMPOSTAGEM em foco!

Quarta-feira (16/5) tem bate-papo do vereador Marcelo Sgarbossa (Porto Alegre) com o ambientalista Felipe Viana (ONG Econsciência) sobre compostagem e sobre o projeto que cria o Programa Composta Porto Alegre.

A transmissão AO VIVO começa às 19h30min, na página Cidade mais Humana no Facebook (fb.me/marcelosgarbossa.rs) e no Instagram @marcelo_sgarbossa.

A conversa admite participação com perguntas.

AGAPAN e ASPAN/RS – como essas ONGs se entrelaçam na vida do ambientalista Darci Bergmann – São Borja/RS.

No aniversário de 47 anos da Agapan, 27.04.2018, os homenageados foram Darci Bergmann (Agapan/Aspan) e Ana Valls (Agapan). O Depoimento de Darci Bergmann foi gravado em Porto Alegre no dia 28.04.2018.  Temas abordados: história de vida, arborização urbana, educação ambiental, contaminação ambiental via aviação agrícola, dentre outros sócio ecológicos.

Os fragmentos de textos técnicos e históricos da ASPAN/RS foram retirados dos blogs: http://darcibergmann.blogspot.com.br/

 

https://aspanrs.blogspot.com.br /

 

Confira o documentário sobre a Vida, os pensamentos e a luta de Darci Bergmann – um dos mais respeitados ambientalistas do RS.

Confira também o texto de Francisco Milanez, publicado pelo jornal Correio do Povo​ em 27/04/2018, sobre o importante trabalho histórico realizado pela AGAPAN em seus 47 anos de vida!

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NÚCLEO ARAÇA-PIRANGA e sua luta pelo Morro Ferrabraz

Na Assembleia dia 24/03/2018, em Porto Alegre, a filiada da APEDEMA-RS, através de seu representante, Luis Fernando Stumf (Núcleo Sócio Ambiental Araçá-piranga) deu relato sobre a sua luta para proteger o Morro Ferrabraz em Sapiranga e os passos importantes dados para preservação da área.  A Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Morro Ferrabraz foi validada dentro do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Seuc), o que possibilita ao município ferramentas para garantir a preservação de uma área de 5.761 hectares de Mata Atlântica.

Confira o Webdocumentário produzido pelo Jornal NH.

No vídeo, segundo os autores: “…mostramos como o Morro Ferrabraz virou uma área de preservação ambiental, protegida pelo Estado, e como é possível aliar a forte presença humana com a ecologia e a sustentabilidade.” (Publicado no youtube em 04.05.2018)

Destaque na imprensa!

Detalhe sobre o Morro Ferrabraz
Foto da capa do jornal: Heverton Lacerda (AGAPAN/RS)

Morro Ferrabraz
Fotos do jornal: Heverton Lacerda (AGAPAN/RS)

Audiência Pública – 26 de abril de 2018 – Pela Arborização. Contra “ARBORICÍDIO”.

Pela Arborização‼ Contra “ARBORICÍDIO”, Projeto PLCL 002/18 Enfraquece a SMAM, gera RETROCESSO na Lei 757/15 AFRONTA critérios do Manejo de Árvores de Poa
Estejamos presentes na audiência para manifestar inconformidade com tal afronta!

➡Audiência Pública, dia 26 de abril de 2018,
19 horas, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre, (Av. Loureiro da Silva, nº 255)

Leia a Carta Aberta contra o fim da rotulagem dos transgênicos

As ONGs filiadas da APEDEMA-RS:  NAT – Amigos da Terra Brasil; APN-VG – Associação de Preservação Natureza Vale do Gravataí – RS; e Movimento Roessler para Defesa Ambiental são signatárias, dentre outras importantes vozes em defesa da vida, da Carta que segue:

Movimentos sociais e organizações da sociedade civil denunciam o atropelo para votar o fim da rotulagem de transgênicos

As entidades abaixo assinadas vêm a público para manifestar a sua rejeição e preocupação no processo de votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 34/2015, que desobriga os rótulos de alimentos de informar a presença de produtos transgênicos. Após apreciação da Comissão de Meio Ambiente foi ameaçada a apresentação de um requerimento de regime de urgência para acelerar a sua votação no Plenário, mais um verdadeiro golpe no prato dos brasileiros.

Denunciamos esse tipo de ação antidemocrática que fere a tramitação processual e viola a participação social, pois impede o efetivo processo de debate e incidência de movimentos e organizações, que se mobilizam historicamente pelo direito ao acesso a informação, especialmente da defesa da conquista do T identificando produtos transgênicos em alimentos processados.

A força dessa luta se manifesta na consulta pública on-line do senado, em que mais de 20 mil pessoas são contrárias à retirada do T e enquanto apenas cerca 1000 são favoráveis1. Importante ainda reiterar que, de acordo com instrumentos internacionais do qual o Brasil é signatário, é vedado aos poderes públicos Brasil retroceder em relação à proteção e à promoção do direito humano à alimentação adequada.

1 Consulta ao site realizada em 23/04/2018

Diante do exposto, por representar um imenso retrocesso do ponto de vista ambiental, de saúde pública e dos direitos dos consumidores, esperamos que os Senadores e Senadoras NÃO aprovem o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 34/2015 de autoria do Deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS), que tramita agora no Senado. Carta Aberta – Contra o fim da rotulagem de transgenicosFINAL-1

Assinam:

  • ABA – Associação Brasileira de Agroecologia
  • ABRA – Associação Brasileira de Reforma Agraria
  • ABRATO – Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais
  • Abridor de Latas – comunicação sindical e institucional
  • ACAMPAR Orgânicos – Associação dos Criadores de Abelhas Nativas e Exóticas
  • ACT Promoção da Saúde
  • ADEFIMPA – Associação de Portadores de Deficiência Física e Doenças Crônicas
  • Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
  • AMAR – Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária
  • Amigos da Terra Brasil
  • APA-TO – Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins
  • APROMAC – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte
  • APROMEL – SJP – Associação dos produtores orgânicos e dos meliponicultores de São José dos Pinhais;
  • ARTGAY – Articulação Brasileira de Gays
  • ASPOAN – Associação potiguar amigos da natureza
  • AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia
  • Associação Brasileira da Rede Unida
  • Associação dos Amigos do Itatiaia
  • Associação Agroecológica Tijupá
  • Associação de Preservação Natureza Vale do Gravataí – RS
  • Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR – Ssind)
  • Associação Filosófica Scientiae Studia
  • ATA – Articulação Tocantinense de Agroecologia
  • Boraplantar
  • Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida
  • CEDAC – Centro de ação comunitária
  • CEIFAR – ZM – Centro de Estudo Integração Formação e Assessoria Rural da Zona da Mata
  • Centro Vida Orgânica
  • CFN – Conselho Federal de Nutrição
  • CIMI – Conselho Indigenista Missionário
  • Cineclube Socioambiental “EM PROL DA VIDA”
  • Coletivo A Cidade Que Queremos – Porto Alegre
  • Coletivo SAN – RJ – Segurança alimentar nutricional – RJ
  • CONAM – Confederação Nacional das Associações de Moradores
  • CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
  • CONTAG – Confederação Nacional dos trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
  • CONTRAF – Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil
  • Cooperativa Central do Cerrado
  • CPT – Comissão Pastoral da Terra
  • CSA Brasil – Comunidade que Sustenta a Agricultura
  • CUT – Central Única dos Trabalhadores
  • Escola Brasileira de Ecogastronomia
  • FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
  • FASE – Solidariedade e Educação Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
  • FENAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama
  • FIAN Brasil – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas
  • FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz
  • Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
  • Fórum Regional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos da Região do Baixo Amazonas.
  • Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
  • Fundação Grupo Esquel Brasil
  • GEEMA – Grupo de Estudos em Educação e Meio Ambiente
  • GESTOS – Soropositividade, Comunicação e Gênero
  • GREENPEACE
  • Grupo Carta de Belém
  • Grupo Costeiros – UFBA – Universidade Federal da Bahia
  • Grupo da Sociedade Civil para Agenda 2030 – GT SC
  • Grupo de Pesquisa em agroecologia e circuitos de comercialização de alimentos – UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
  • GT de Saúde e ambiente – ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva
  • IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
  • IDS – Instituto Democracia e Sustentabilidade
  • IFNMG- Núcleo de Estudos e Pesquisas Rurais do Instituto Federal do Norte de Minas – Campus Araçuaí
  • Instituto 5 Elementos – Educação pela sustentabilidade
  • Instituto ALANA
  • Instituto Astrojildo Pereira
  • International Gramsci Society – Brasil
  • ISA – Instituto Socioambiental
  • Laboratório de Geografia Agrária do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – USP – Universidade de São Paulo
  • MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
  • MAM – Movimento pela Soberania Popular
  • MCP – Movimento Camponês Popular
  • Marcha Mundial do Clima
  • MMC – SC – Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina
  • MNPR – Movimento Nacional da População de Rua
  • Movimento Ciência Cidadã
  • Movimento Roessler para Defesa Ambiental
  • MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
  • MPP – Movimento dos pescadores e pescadoras artesanais
  • MSP – Movimento Saúde dos Povos
  • MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
  • MUDA – Movimento Urbano de Agroecologia
  • NECOOP – UFFS – Núcleo de Estudos Avançados em Cooperação – Universidade Federal da Fronteira o Sul
  • Netrad – UFF – Núcleo de pesquisa em Dinâmica Capitalista e Ação Política – Universidade Federal Fluminense
  • NIEP- Marx/UFF – Nucleo de Estudos Interdisciplinares Marx e o Marxismo – UFF – Universidade Federal Fluminense
  • NUPPRE – UFSC – Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições, da Universidade Federal de Santa Catarina
  • OCCA – UFES – Observatório dos Conflitos no Campo – Universidade Federal do Espírito Santo
  • ONG Baobá – Natal- RN
  • Pastoral Social da Diocese de Santarém
  • PJR – Pastoral da Juventude Rural
  • REA – PB – Rede de Educação Ambiental da Paraíba
  • REA – RJ – Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro
  • REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental
  • RECOMEÇAR – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília
  • Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneiras
  • Rede de Educadores Ambientais de Jacarepagua
  • Rede Ecológica
  • Rede IIDEA
  • Rede JataiApis
  • Rede Jubileu Sul Brasil
  • Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS
  • REDE ODS BRASIL
  • Rede Rampa de Acesso Livre
  • Rede Social de justiça e Direitos Humanos
  • Sindicato dos trabalhadores da FIOCRUZ – ASFOC – SN
  • Slow Food Brasil
  • SOS Clima Terra
  • STOP TB Brasil – Parceria Brasileira Contra Tuberculose
  • STTR de Santarém – Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém
  • Terra de Direitos
  •  TJCC – Todos Juntos Contra o Câncer
  • TOXISPHERA Associação de Saúde Ambiental
  • UNEGRO – União de Negras e Negros Pela Igualdad

Anexo – 10 razões para os Senadores rejeitarem o PLC 34/2015

1) O consumidor tem o direito de saber o que come

Exercer o direto de escolha na alimentação depende de vários fatores. O primeiro passo é a informação. Dessa forma, o rótulo nutricional cumpre papel fundamental ao fornecer ao consumidor informações que farão a diferença na decisão de compra de determinado alimento. Os transgênicos ainda são um tema de evidente interesse público e sobre o qual ainda pairam dúvidas acerca de sua segurança e efeitos à saúde e sequer existe consenso científico. Ainda assim, todos temos direito à informação adequada, clara e precisa sobre qualquer produto (CDC, art. 6º).

2) O símbolo já é conhecido: retirá-lo é retrocesso na proteção aos consumidores

A presença do símbolo “T” nos rótulos permite a rápida identificação de um alimento transgênico, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a essa informação e optem por comprar ou não o alimento com ingredientes transgênicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defende a utilização do símbolo no Brasil2. Não se pode comparar a rotulagem dos transgênicos com a dos alimentos contendo glúten ou lactose, pois neste último caso trata-se de conhecimento mais acessível para a população. O Brasil é o país que mais possui variedades transgênicas liberadas para plantio e/ou consumo humano: são 38 de milho, 13 de soja, uma de feijão, 15 de algodão e uma de eucalipto, enquanto nos países da Europa são permitidas apenas quatro variedades para plantio e/ou consumo humano (duas de algodão e duas de milho).3

2 Posicionamento da Anvisa acerca do T de transgênicos. Acesso: 6/4/2017. Disponível em: http://bit.ly/2o2modG

3 Produtos transgênicos aprovados para plantio, consumo humano ou animal no Brasil, na Argentina, na China, na Colômbia, nos Estados Unidos e na Europa. Conselho de Informações sobre Biotecnologia. Acesso: 12/4/2017. Disponível em: http://bit.ly/2oOuQx6

Importante ainda reiterar que, de acordo com instrumentos internacionais do qual o Brasil é signatário, é vedado aos poderes públicos Brasil retroceder em relação à proteção e à promoção do direito humano à alimentação adequada. Portanto, a aprovação desse PL viola as obrigações do Estado brasileiro em relação a realização deste direito.

3) O “T” facilita a visualização e identificação do alimento

O símbolo “T” de transgênico não faz alusão a perigo. Segundo análise semiótica coordenada pela Professora Clotilde Perez, livre-docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), o símbolo “T” contribui para a fácil visualização e identificação do alimento transgênico, sobretudo para pessoas com dificuldade de leitura ou compreensão de mensagens escritas. Por ocupar no mínimo 0,4% da área do painel principal da embalagem, o símbolo evita qualquer interferência estética na embalagem.4

4 Rotulagem de alimentos transgênicos: em defesa do direito à informação e da segurança alimentar e nutricional. Apresentação realizada em Audiência Pública sobre PLC 34/2015 – 12 de agosto de 2015 pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

5 Consulta ao site realizada em 23/04/2018

6 Decreto nº 4.680, de 24 de abril de 2003. Acesso: 6/4/2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4680.htm

4) A opinião pública, de forma esmagadora, é contra a aprovação do PLC 34/20155

opinião pública

5) Com a aprovação do PLC a fiscalização ficará mais frágil e mais cara

O Decreto 4.680/20036 que regulamenta a matéria obriga que as informações sobre os ingredientes transgênicos constem no documento fiscal, acompanhando o produto em todas as etapas da cadeia produtiva. O PLC quer acabar com a fiscalização e controle através da nota fiscal, substituindo esse mecanismo pela análise específica no produto final.

6) A análise específica somente no produto final é mais cara e insegura

Análises laboratoriais dificilmente vão encontrar o material genético do(s) ingrediente(s) transgênico(s) utilizado(s), já que o processamento do alimento quebra o DNA, impossibilitando a identificação das proteínas de origem transgênica. Logo, determinar um limite de tolerância de OGM no produto final significa não obrigar o fabricante a orientar o consumidor quanto à natureza transgênica da matéria-prima utilizada. Portanto, a alegação “livre de transgênicos” poderá, na essência, funcionar como uma publicidade enganosa, já que um produto de origem transgênica poderá ser reconhecido pelo poder público como “livre de transgênicos”.

7) Ameaça-se a rotulagem de outros produtos provenientes de animais alimentados com ração transgênica

Hoje, as carnes provenientes de animais alimentados com ração transgênica devem receber na parte frontal dos rótulos dos alimentos que chegam à mesa do consumidor a informação da origem transgênica4. Isto já não é respeitado em boa parte das vezes e este Projeto acabará com essa exigência, impedindo avanços nesta área e impedindo que os consumidores façam escolhas com autonomia, violando o Código de Defesa do Consumidor.

8) Produtores rurais também não saberão que estão utilizando ração transgênica

 

A legislação atual obriga a inserção dessa informação nas notas fiscais ao longo de toda a cadeia produtiva, permitindo que os intermediários saibam o que estão comprando e vendendo, além de permitir a fiscalização. O PLC também propõe a omissão desse esclarecimento, o que viola o Código de Defesa do Consumidor.

9) A inserção da espécie doadora é importante para a rastreabilidade

 

Além do símbolo T e da informação “produto transgênico” ou similar, a indústria de alimentos é obrigada a colocar nos rótulos o nome da espécie doadora do gene. Essa informação é essencial para a realização de rastreamentos que sejam necessários, já que a segurança dos OGM ainda não é um consenso no meio científico. Manter a espécie doadora no rótulo reforça o princípio da precaução.

10) O Ministério Público Federal considera o PLC 34/2015 inconstitucional

Segundo o Ministério Público Federal, o PL 34/2015 é inconstitucional, pois viola princípios do direito do consumidor e do meio ambiente equilibrado, mais precisamente, o direito de acesso à informação, os princípios da precaução e da vedação de retrocesso.

11) Tabela Resumo

Taela Resumo sobre Rotulagem Transgênicos

 

FZB – muito além de uma extinção – Prof. Brack no CONSEMA-RS

Na 208ª Reunião Ordinária do CONSEMA, realizada no dia 12 de abril, às 14h na SEMA (Av. Borges de Medeiros, 261 – 15º andar – Auditório), o prof. Paulo Brack, falando como suplente da ONG IGRÉ (afiliada da APEDEMA-RS) e representando a APEDEMA-RS, passou por uma situação inusitada. Foi interrompido em sua fala, solicitado a que a encerrasse e mais alguns constrangimentos. As cenas foram gravadas pelo Eng. Ambiental Eduardo R. Quadros da ONG AMA (afiliada da APEDEMA-RS).  Como representante do GESP, a profa. Ana Carolina M.Silva fez a edição do vídeo, acrescentando depoimentos de trechos de vídeos sobre os Atos e da Audiência Pública contra a Extinção da Fundação Zoobotânica (2015); do Piquenique da AGAPAN de mesmo fim (2015); e do  vídeo sobre o CONSEMA (2013), que resgatam a longa luta que as ONGs da APEDEMA-RS têm ajudado a travar, junto com a sociedade, pela manutenção da Pesquisa e da Cultura de Preservação da Vida no Estado do Rio Grande do Sul.
Vale a pena Conferir – pois a luta ainda não acabou.
DEPOIMENTOS: Francisco Milanez (AGAPAN-POA); Alexandre Krob (Instituto Curicaca – POA); Ludwig Bukup (IGRÉ – POA); Fernando Campos Costa (NAT-POA): ONGs filiadas à APEDEMA-RS. Porto Alegre – 14.04.2018.